Minha Bagunça

Trilha sonora: Mess is Mine – Vance Joy. 
Como você define a naturalidade? Eu defino como meta. É o tempero que entrega leveza. Simplifica. Resgata o suficiente e não mais que isso. Até porque a gente não precisa de tanto. 
No dicionário é capaz de tu achar algo parecido com: “Naturalidade significa a qualidade do que é natural. Indica o estado de simplicidadesingeleza e espontaneidade, por exemplo, “agir com naturalidade” é agir de forma natural e espontânea”.
Mas de um jeito mais natural, são os passos não contados. As decisões tomadas nos 45 do segundo tempo. O falar sem pensar, o falar por sentir. O agir porque deu vontade. Esquecer o tempo e os compromissos. E deixar acontecer. Mas é também não esperar. É o fazer do agora o momento certo. Sem planejar muito. Qual foi a última vez que você deixou a natureza do tempo funcionar como adjetivo? Quais adjetivos andam te acompanhando? Pode entrar, só não repare! Aqui tá tanta bagunça. São vírgulas fora de lugar, travessões faltando, interrogações no lugar de ponto final, exclamações querendo gritar e as reticências as calam. Os pronomes andam sumidos. Já já batem na porta. Provavelmente virão acompanhados. Dai vira festa. E depois a bagunça aumenta. Fica tudo numa oração sem sentido. Transitivo. Intransitivo. Com e sem objeto. Cadê o objetivo? Tudo troca. Regências confundidas. As palavras caem entrelinhas. O quebra cabeça tá montado. Mas calma! Tá tudo bem! Hahahah. A gente dá nosso jeitinho! Tudo vai pro lugar certo. É só saber encaixar as peças, tenha paciência. Naturalmente tudo vai parar no seu devido lugar. Essa bagunça é necessária. A gente precisa analisar as possibilidades. E se desse certo sempre de primeira, a gente não conheceria o mundo de opções que nos envolve. Então você está convidado. Vamos fazer bagunça! Sem hora marcada! Pode chegar a hora que quiser. É sempre no meio dela que a gente acha aquilo que sempre estávamos a procurar. Espontâneo. Hoje me surpreendi, recebi um vídeo do meu maninho dançando as músicas que costumávamos escutar juntos e colocou na legenda “saudade minha gordinha”, nem prestei atenção no que ele me chamou hahahaha relevei, dessa vez, cabeção! Só porque não esperava isso de você. Saudade das nossas bagunças com trilha sonora e passinhos de dança na cozinha enquanto tentávamos fazer algo gostoso pro almoço hahahaha. Hm, falando em comida, ganhei um docinho árabe tão bom de um amigo e sabe como comecei o dia? Peguei chuva de cabelo molhado e o vento quebrou meu guarda chuva. Eu ri. Parecia piada. Era a natureza me dando um bom dia diferente. Quer bagunça? Tô pronta! Hahahaha. Chego na escola quase atrasada, mas HÁ! Não perdi a aula, venci o tempo! Aula de hoje foi sobre adjetivos, prefixos e tenses (present perfect e present perfect continuous). E analisar o duplo sentido que atribuímos as coisas me intrigou. Com a gama de palavras que temos, ainda as repetimos mas usando um sentido um tanto quanto diferente e por vezes até contrário. Mais uma vez eu digo: é tudo ponto de vista. E esse é o maior fator de como nos sentimos. A gente consegue escolher ser feliz ou não. De um jeito tão espontâneo e simples. É exatamente simplificar. Esquecer o copo d’Água e sua tempestade. Olhar pra bagunça e achar nela as oportunidades. O aprender algo novo em cada situação, ainda que o adjetivo torça pro lado negativo. Faz parte. É a vida. A gente só não pode deixar isso fazer parte da nossa bagunça. Filtra esse sentido. Deixa só o positivo. E continua. Olhe ao seu redor. Nada parou! Por que você, então? O tempo continua. A naturalidade ainda tá viva. Siga a trilha. Ainda que a chuva venha brincar com você. Seja a primeira a cumprimentá-la. Assim como li por aí, “o maior risco é não arriscar”. Pra que lado você vai olhar? Antes de atravessar a rua, esquerda e direta, mas vá sempre em frente! 

Por Amanda badrie

Profissional de marketing e comunicação, movida por transformar ideias em movimento e conexões reais. Criadora do C+, Na Dosagem Mais Coragem, para ser um espaço para quem acredita que viver é um ato de coragem.

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