Okay

Trilha sonora: Higher Places – Dimitri Vegas & Like Mike Feat. Ne-Yo. 

Qual o plano? Estou sem roteiros. Sem regras. Sem ideias. Só quero me divertir. Um lugar que tenha sol, boa companhia e risadas. Sugestões? Me chama que vou. Sem restrições. Um lugar ou dois. Vamos por aí. Por lá. Pra cá. Aqui. Quiça. Qualquer lugar. Quero vagar. E chegar devagar. Me tira daqui e leva pra um lugar alto, quero ver de cima. Enxergar as rimas. É poesia colecionada. Parece que não tem nada. Então você mergulha. Fica intrigada. Como se tivesse sido enganada. Quem disse que não tinha nada? 

Quando me inscrevi nesse curso pensei calma: “são dez semanas pra prova, é muito tempo!”. Doce engano. Hoje começa. Speaking part em ação. Celular toca, a tensão. A voz que acalma lá do outro lado do mundo e ama como se estivesse do lado e está. Celular toca de novo, “Me encontra na Flinders. Vamos nos preparar”, meu parceiro de speaking da prova. Pegamos nosso suco de abacaxi e saímos andando. Ansiosos. Rindo de nervoso. “Quero limão, me acalma!”, e eu ria da cara do desespero. Rimos juntos. Quase seis da tarde e a gente a caminho da escola. Bizarro! O pôr do sol se indo e a hora chegando. A tensão do cadastro. O entrar na sala e as primeiras impressões. As primeiras palavras balbuciadas. Depois disso, peguei a onda, e que crista. A examinadora tão interessada na minha conversa com a minha dupla da arábia saudita, nos interrompeu com uma pergunta engraçada que não estava no roteiro dela. A gente riu. Ela acompanhou. E por um momento esqueci que era prova. “Thanks. This is the end of your test”. EU QUE AGRADEÇO! Hahahaha. Celular toca de novo. “Vamos comemorar!”. Segui pra casa do Welcome. No caminho, liguei pro meu primo enquanto estava no tram, até que cheguei no stop em que eu desceria e o tram parou com tudo, quase cai em cima de um guri, pedi desculpas e sai andando, foi quando escutei um “ok, relaxa!”, eu já saindo, quando escutei isso, virei minha cabeça igual a mulher do exorcismo. Hahahaha. É tão intrigante como nós identificamos nossa própria língua. Automático. Familiar. Espontâneo. Queria por um momento ter ouvidos de um estrangeiro só pra escutar como soa nosso português. 
Cheguei. O abraço amigo. Mais dois brasileiros chegaram.  Hoje vai ter strogonoff sim! Teve música, bolo, Tim Tam, dança e muito amô. 

Ok! Preste atenção. É agora ou nunca! Fala ou rala! Tenta ou dança. Persiste ou alcança. Ou e ambos. Tem caso que não tem opção. É só chegar e bater na porta. Um toque e já vai entrando. Sim ou não. Cadê o talvez? Foi andar sob o muro e caiu de uma vez e viveu feliz para sempre. 

Por Amanda badrie

Profissional de marketing e comunicação, movida por transformar ideias em movimento e conexões reais. Criadora do C+, Na Dosagem Mais Coragem, para ser um espaço para quem acredita que viver é um ato de coragem.

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