Acende a luz?

Trilha sonora: A Droga do Amor – Ari 

Já se pegou olhando algo fixamente sem conseguir desgrudar os olhos daquilo? Você perde a noção do tempo. Estático. E para. Repara. E disfarça. Envergonhado de se ter deixado distrair de forma tão explícita. Frágil. É claro. Inibida. Se recolhe. Não deixa as coisas às claras. Mas transparência que é, se declara. Acende a luz. Prova. De fogo. Que droga! Tem gente em casa. Pego no flagra. Fuga. Corre pro refúgio. Privacidade. Eu. E a minha verdade. A intimidade por vezes atrapalha. E a gente quer ficar só. Não disse com quem. Se sim ou se nem. Só e mais ninguém. E se esconde. Tranca a porta. Conforto. Poder ser o silêncio. De cara limpa. Sem ter que agradar. Só ser. Na calma. Afobada. E ainda assim, aquela paz, acaricia. 
Timidez. Liberdade. Paixão. Leia do começo e tenha a cada hora uma interpretação. Hm. Não sei se estamos falando da mesma coisa. Somos todos tão iguais de um jeito tão diferente. Hoje foi uma segunda feira típica de inverno. Chuvosa. O tempo correndo mais rápido que meu passo. E no contrapasso, o tropeço. Me entorpeço de risada pra tentar dar ritmo a um possível sossego. Mas a frequência constante me leva até a mesma estante. E nesse instante, eu me deparo. Me pego com os olhos cravados. Fundos dentro desse imensidão de interpretação. 


Mas vou deixar você decidir se acende a luz ou não. Tá claro?

Por Amanda badrie

Profissional de marketing e comunicação, movida por transformar ideias em movimento e conexões reais. Criadora do C+, Na Dosagem Mais Coragem, para ser um espaço para quem acredita que viver é um ato de coragem.

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