Trilha sonora: Naked – Ella Mai.
Oi. Tudo bem? Tudo e você? Faz que sim com a cabeça. Esboça um sorriso sem jeito. E os passos continuam a ser dados. Cada um em sua direção. Vazio em palavras. Embrulham um tanto de nada. Seja só por educação. E por que não? Mas indiferente. Estranhos. Ou um silêncio que guarda um grito. Há tanto a ser dito. Que ensurdece. Pra que tanta maquiagem? Dá a cara a tapa. Reciprocidade. Puta merda! Isso sim dá tesão. Perdão pelas palavras. Mas vamos colocar os pés no chão. Vai, descalço. É tato! Gente que fala com gosto. Torna papo de política e física aperitivo. E eu que nem curto tais tópicos, fico esfomeada pelo prato principal. Épico. Sempre me lembro. Marca. Mais que uma página. Aprendo. Ensino. É troca. Sensibilidade. Mútua. Mais que dito pelo não dito. Vai grita! Eu confesso, já conheço a narrativa. Só que tipo sobremesa, é tanta paixão na fala que desfoca sua atenção de tudo que não seja aquela prosa. Eu escutaria certas histórias por milhões de vezes. Tipo as do meu pai de quando era mais novo. Espero ter tão boas quanto para fazer um dia meus filhos rirem e me olharem com brilho nos olhos igual o vejo. Caramba, essa gente inspira. Eu piro pra lê-las. Cada uma. Cada vírgula. A fala que empolga. A escuta atenciosa. E a gente se faz hora. E se demora. Falo de entregas. E cuidado! Vejo beleza e me deparo admirada. A gente é tão mais que as entrelinhas. E não perco a oportunidade de sentar ao lado e degustar cada vivência alheia. A vida imita a arte. E vice versa. A lei dos encontros. E desencontros. A vida é um tanto disso. A busca pelo que faz o peito vibrar mais forte. Sejam palavras. Outras histórias. As minhas. As nossas. O agora. E compartilha. Participa. Ressoa. Fascina. Me mima. Acaricia. Entretem. Me retém. Isso. Me. Ganha. Chamo de arte: essas simples e divertidas possibilidades de encontros. Um ao outro.
Oi, tudo bem? -o silêncio. E a gente ri. Te vejo já.