Pintar o sete. Arregaçar as mangas. Jogar tinta pro alto. Cantar no chuveiro. Dançar na chuva. Rabiscar no caderno. Vestir a cidade com música. Sintonizar o som que vem do peito. Respirar poesia e transpirar emoções. Sentir.
Mas o que é arte?
Como diria Vinicius de Moraes, “A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida”. Já João Paulo II insiste: “A autêntica intuição artística vai além do que percebem os sentidos e, penetrando a realidade, tenta interpretar seu mistério escondido”. E Pablo Picasso completa: “Não devemos ter medo de inventar seja o que for. Tudo o que existe em nós existe também na natureza, pois fazemos parte dela”.
Eu junto as peças e assino embaixo! Arte é tudo aqui que vem de dentro e expande, cutuca o outro e provoca. Provoca sentimentos diversos. Mas, faz sentir. Aquilo que nos pertenceu, mas de tão grande não damos conta sozinhos e repassa, compartilha, evapora e não vai embora.
Eu não sei dizer ao certo o que é. Sei lá. Acho que é o conjunto de tudo isso! De todos os mínimos detalhes. Pra mim tudo é arte… Se você sente…
Aquele mesmo papo de tudo aquilo que te encanta, é o que te motiva! Tire suas paixões do papel e você tem uma página vazia! A vida é a arte colorida! Está, de fato, nos encontros e desencontros das histórias.
É tudo um grande sei lá. Hoje você tá aqui, amanhã tá lá. Eu já não sei se quero me fixar. Quando perde o encanto é hora de mudar. Não quero me acostumar, deixar tudo ficar normal, rotina não é lá minha praia. Estive pensando sobre ter uma referência de casa e logo lembro do trecho de uma música do oriente “não importa onde estamos, nossa mente é o nosso lar”. Quero ser cidadã do mundo. E melhor amiga dele! Então a gente segue buscando inspirações e atrás das nossas paixões. Passo por passo sem saber onde e no que vamos esbarrar, e a graça mora exatamente no “sei lá” e suas mil possibilidades.
Falando nisso, sabe uma coisa que me intriga? O jeito como tudo se conecta. Tudo que tu começa a questionar acaba seguindo uma linha de raciocínio sem entregar a resposta ou deixar pistas, te prende a atenção e você sem se dar conta acompanha sem perder o foco, entra em sintonia e segue o passo, e quando chega no final, você retorna ao começo, um começo diferente com tons, cores e novas pontuações e te surpreende. De tão focada, você se dispersa, perde a hora, ganha magia. Eu me distraio muito fácil no meio dessas vírgulas, entre as diferentes placas e a cada pássaro que passa por mim… Me distraio ouvindo música, conversando com alguém, ou quando vejo algo que daria uma boa foto e começo a pensar em que ângulo melhor ficaria. Me distraio imaginando o futuro, ou ainda como está aquele alguém que vi no passado, tá presente? Me distraio imaginando roteiros e ainda temas que dariam um bom texto. Me distraio ao me imaginar viajando pelo mundo coletando novas inspirações e repertórios pras minhas histórias e também sonhando acordada.
No meio de tanta distração eu me perco e logo me encontro. Mas eu sinto. E retomando o começo, é como Vinicius de Moraes dizia, é a vida, é a arte!
E no meio do caminho da Lygon St. achei uma biblioteca bem legal!
Um pouco mais de arte…
E sol <3







