Trilha sonora: Live in The Moment – Zeeba
Olha como as coisas são… Num final de semana ganhei um priminho. Durante a semana perdi a única avó que tinha. No final de semana seguinte, meu aniversário. Nova vida, fim/recomeço de outra e renovação de mais um ciclo.
Começo, meio e fim. Sem tanta ordem a ser seguida. A gente se reinventa. Relê o livro. Mata a saudade. Sente faltas que nunca serão supridas. Outras já compreendidas, amortecem. É que sei lá. Essa coisa de tempo parece tão fictícia e tão presente ao mesmo tempo. Será que é coisa de nossas cabeças? Um sonho ainda adormecido? As histórias do zero tem tanto a ser preenchidas. As já percorridas, completas e ouvidas. E a gente segue contando prosa. Trazendo novas rosas. Pra vida. E entre tantas idas e vindas. Como onda. A gente vai e vem. Nos encontros e desencontros. A compaixão, compreensão. A gente se entrega. Ao tempo. Ao outro. Nas entrelinhas. Da arte. Se achando entre outros versos. Escrevendo novos diálogos. E quando vai ver já virou intertextualidade. E a gente se pergunta o motivo, razão, existem essas coincidências ou é questão de timing? Tem roteirista e era de como segue a missa? Tava escrito? Eu me nego a acreditar no acaso. Era pra ser? Que seja! Era pra acontecer. A gente passa por vidas alheias para deixarmos rastros? Pra mim, esses encontros deixam lições. Mais cor. Sabor. Risos. Ainda que momentâneos. Não passamos à toa. Tipo furacão. Se não se deixar aos tantos. Tanto faz. Pego minhas coisas e até mais. É um bordar nossa própria manta, cada retalho é um pedaço de alguém que se deu a você, deu seu tempo, suas verdades, parte especial em sua história. E isso tudo aquece. Ainda que passageiros. Somos motoristas. Entre nossas escolhas, nossos caminhos. E os desvios dos obstáculos, as pessoas que atravessam por nós. Os olhares confusos. Os que entendemos mais que uma descrição num dicionário. Tudo bem. Não precisa dizer nada. Eu sei. Mesmo sem saber. É o tempo. O fictício e o presente. De cada dia. Entre os encontros e desencontros. Nossas histórias. Da vida. Recomeços. Nossos ciclos. São as coisas como são.
