E então no meio do nada, algo de longe te desperta. Acorda! Você levanta e quer alcançar lá em cima. Pula. Quer começar de novo. Algo novo. Diferente. Referente àquilo que te provoca. O riso. A curiosidade. As vontades. O desejo. Quero tentar! O não eu já tenho. Meu pai sempre me disse isso. Vai que…!? Por que não? Talvez sim! Meio copo cheio. Não encaixou, vira do avesso! Uma hora vai! Tem o tempo certo! Faça o seu se o ponteiro girar anti-horário e dance no compasso. Acelera o passo. Entra no ritmo! É sair de cima do muro e tomar partido. Escolha! E olha pra dentro antes! Quer um novo estilo de vida, uma nova caligrafia, troca o disco, foge do pretinho básico, dos brincos pequenininhos e do fosco. Chega de falar baixinho. Tira essa timidez e veste sua melhor roupa! Todo dia merece ser especial, depende de nós fazermos tal e sentirmos igual. Se entrar em sintonia. É pleno. Estabelece a energia. 220V? Não é sobre isso! Se trata de se sentir de bateria recarregada, disposta a ser usada agora, sem medo de chegar no 1%. É hora de saúde, e corre! Isso me fez rir. Lembrei de um amigo que se diz “sports for life”. O esporte dele é fazer os outros rirem com essa e outras hahahah.
Chega de tanto aconchego! Fim da era das desculpas! Levantei cedo e fui pra academia. Eu estava impressionada com a minha iniciativa. Fui domada por uma energia. Era agora. É já. Depois do banho, aquela sensação de vida nova! Não sou a mesma de uma hora atrás. Ei, não desvie o olhar! Consigo te ver. E digo mais! Você também não é! Somos esses giros e compassos e também tempo. O que você faz com ele? Passa despercebido sem fazer barulho? Ei, acorda! É pra fazer barulho! Somos vozes! Cadê a tua? Canta! Grita! A gente tem tanto pra contar! Egoísmo se aconchegar e guardar só pra ti. Sai! Depois da academia a energia triplicou! Tem coisa que lhe carrega de vontades e anseios. Daí você transborda! Fui pra H&M encontrar meia amigos. No meio do caminho encontrei mais alguns. Já chegou aquele momento em que sem combinar, você encontra a galera na rua. Esse momento se chama conforto, minha praia, estou em casa fora dela. Fomos pro Royal Botanic Garden. A cumplicidade. O abraço apertado. Meu trem me chama. Corri pro trabalho. A boa notícia misturada com um sentimento nostálgico. Esses dias tem sido assim. Como se eu estivesse em um filme. Parece que cada passo foi escrito por alguém. Um desenho em que sigo como se eu estivesse tomando ninjas decisões, mas que o contexto tão em sincronia, parece que cronometrado perfeitamente com meus atos. Quem está aí? Onde está o roteiro? Posso dar uma olhada? Soa tão espontâneo. É simples assim. Acontece. E vai acontecendo. Jantei no restaurante. Sai ainda com uma pizza de pepperoni nas mãos. Galera de casa abre o sorriso quando chego. TEM PIZZA! E o ditado popular começa a fazer sentido. Mas não acabou assim! Tem dia que apesar do cansaço, a bateria tá super carregada. Sai pulando. Com os fones no ouvido, os passos viram dança. Saio cantando e fazendo caras e bocas. Quem me vê, ri! E rimos juntos. Ele de mim, eu dele e de nós. Voltando pra casa, vi que alguém teve um dia mais cansativo que o meu hahahahahaha. Fiquei lembrando da minha multa por ter encostado de leve no banco e imaginando o que seria do sujeito. Ri demais. Todo mundo que no trem entrava e o via, mudava o sentido que iria se sentar. Espero que ele esteja bem! Hahaha. Precisava falar. Escrever só não dá. Tem hora que da vontade de gritar! Sai mandando mensagem pro mundo! E rindo entre as notas musicais. E fui. Atrás do que faz crescer em mim essa energia. E carrego em mim a sintonia. O que mais a gente precisa? Além de companhia e bliss? Eu só quero é ser feliz.
Não quero mais passar despercebida. Que eu passe, se tiver que ser. E então será. Mas serei eu mesma antes. Sem me preocupar com os créditos no final do filme. Não quero ser show de bilheteria, muito menos best-seller. Quero ser história. Que começa já pelo meio e sem receio, eu creio. Te captura e emoldura num quadro colorido. Aquele que todo mundo para pra ver. E ali fica!
Quero ser lida. Não por muitos. Mas pelos que enxergam e questionam minhas linhas e tecem. Desfaz o nó e borda. Joga a âncora e vai fundo. Será que é isso? O que a gente precisa? Mudanças! Troca de roupa. Muda o corte de cabelo. O jeito de andar. O jeito de falar. Os acessórios. O emprego. O lugar. O olhar. E fala. Outra língua. Outro sotaque. Outras cores. É diferente! Repare. Queremos atenção! Tudo pelo social, sem terno e vestido formal! Tire os saltos, as máscaras, as frescuras e as marras! É essencial! Se trata de conexão. Me liga! Qual a senha? Conecta! Bom dia? Alguém na linha? Escute! Tá me ouvindo? Um, dois, três, testando! Ufa! Oi! Alô? Caiu? Levanta! Tenta de novo! Se estica! Alonga! E vai longe! E muda! Sem raízes! Só aquelas leves que crescem e florescem. As sementes se dispersam. Foi o vento. Os pássaros. A natureza! Que beleza!
Carrega. Recarrega. E cega o não! Tá na linha? Costura! Liga os pontos com as vírgulas! De reticências às três marias. De lá pra cá, de vento em popa. Se deixa levar por aquilo que lhe faz voar e repousar. Entre embarques e desembarques. Os encontros. Acontece. E de novo, está acontecendo! Se for roteiro ou não, a gente segue se recarregando de mundo.






