Trilha sonora: Hold On To Your Breath – Sleepy Tea.
Eu sempre me peguei pensando nesse tipo de coisa… E a lição de hoje me provocou a pensar mais sobre isso. Se eu pudesse, gostaria de saber sobre o que sei hoje mas quando ainda era mais nova? Fica a pergunta. Rapidamente respondi que sim! Se eu tivesse a cabeça de hoje quando mais nova não teria deixado muitas oportunidades passarem, aproveitaria cada detalhe mais intensamente e muita coisa teria sido diferente. Quase como a música Piloto Automático do Supercombo, teria aproveitado pra sorrir mais, abraçado mais meus pais, viajado o mundo, socializar e sem nunca reclamar. Acredito também que amanhã pensarei a mesma coisa sobre hoje. E assim vou aumentando o som cada dia mais. E a dança continua a ser coreografada. Quando a música acabar, já emenda na outra. E se cansa. Não cansa. Só dança. Sem pensar no amanhã. Mas em fazer melhor do que ontem. 5,6,7,8. E vai! Passo a passo. Pula. Dá cambalhotas. E salta. Se joga. Descabela. Mas que bela são essas surpresas do dia a dia.
Alguém na sala cortou meu pensamento que viajava. “Eu não!”. Os olhares se voltaram pra ele. “Dê tempo ao tempo! Eu fui o que eu tinha que ser naquele momento. Era jovem, tinha que ser um!”. Voltei! Pouso seguro. Me segurei pra enxergar lá de cima. Meu professor com o jeitinho tímido de menino de interior abaixou a cabeça e abriu um sorriso, completou “ignorance is a bliss”, e começou a explicar o sentido da expressão. “Por exemplo se alguém não se lembra quando será a prova quando perguntado sobre e responde com tal frase.” A indireta sobre a prova fez o assunto mudar. Mas eu fiquei ali. E já levantei voo de novo. De fato, não quero saber! Só quero aquilo que não me trava o riso e me deixa de portas abertas pra receber o mundo. Entre. Seja bem vindo. Venha com boas novas! Tem muita coisa boa a caminho. Consigo enxergar um pouco daqui. Umas vêm quietas, outras já fazem escândalo. Faz festa!
Hoje depois do almoço com os amigos, aula da tarde. Mais treinos pra prova de speaking. Meu amigo Welcome foi o examinador. O resultado? Crise de risos. Tem gente que não precisa fazer esforço pra levar felicidade por onde passa.
Fui trabalhar. Sai cansada. Mas feliz porque amanhã é meu day off e sinto que será um bom dia. Mas agora, boa noite! Passei no 7 Eleven, comprei um muffin de blueberry delicioso. Esperando meu tram, um senhor me fez pousar de novo, “esse muffin está com uma cara ótima”, eu ofereci, ele e a esposa riram e puxaram assunto. Conversa gostosa pra um final de dia calmo. Foram embora elogiando e me desejando uma bom tempo em Melbourne, mas na verdade temperaram minha noite e fizeram eu viajar ainda mais pra longe. No caminho de volta pra casa estive pensando, tanta gente querendo cicatrizes, evitam sair com medo dos cortes, vestem seus capacetes, joelheiras e toda armadura, se fecham acreditando que pode dar tudo errado. Bem, não sei como vou pensar amanhã, mas aprendi que devo pensar hoje exatamente como sinto agora. E sabe qual é a minha verdade? To me rasgando pra colocar em mim mundo. Enquanto querem cicatrizes, quero riscos. Quero vida!





