I am a collection of thoughts and memories and likes and dislikes. I am the things that have happened to me and the sum of everything I’ve ever done. I am the clothes I wear on my back. I am every place and every person and every object I have ever come across. I am a bag of bones stuck to a very large rock spinning a thousand miles an hour. – Macaulay Culkin.
Nossos olhos não enxergam. Tá longe. E tão perto. Como uma agulha no palheiro. Entrelinhas. Cadê o binóculo? Lupa? Aumenta o zoom. Recua. Então aproxima. Coloca a lente. Aumenta o grau. Desculpa, não adianta. É além. Do que se vê. Consegue crer? Precisa ler. Aquelas letras minúsculas que ninguém percebe. Aqueles Termos de Contrato de Uso e Serviço, que todo mundo assinala a opção “li e aceito”, e nessa já vendeu um rim, tá devendo um terço do pulmão e mais metade dos sonhos. Ao infinito e além, diria um dos meus personagens preferidos da infância. Não adianta vir com Raio-X e biópsia. Tá bem guardado. Nisso ninguém toca. Podem levar tudo. Isso nasce e morre em mim. Eu posso te mostrar. Mas não verá do mesmo jeito. Quem enxerga parecido, fica! Quem assemelha, compartilha. Quem discorda, argumenta. As linhas se cruzam, e a gente costura. Ah, nossos retalhos… As trilhas se encontram. Congruentes. Concorrentes. E se vão. Levando cada um, uma ponta da linha. O telefone sem fio. Os laços em meio aos nós. Eu, tu, ele, sou todos eles. A gente faz uma bola de lã e joga pro alto. Vira festa. Com serpentina e trio elétrico. Vai, samba! Te ensino o dois pra cá e dois pra lá. Me ensine o chega pra já. Agora. Olha lá pra cima! Tá tudo tão azul. As cores brincam de aquarela. E lá pra cima? Parece azul ainda. Mas aproxime. Distancie! Retome. Não perca a linha. Solte, mas corra depois e enlaceie. Segure as rédeas. Depois se liberte. Até porque, como já diria Guimarães Rosa “a vida é assim: esquenta e esfria, aperta daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem”. Até porque, vontade não basta! É ousar ver sem saber o que tem do outro lado da ponte! Vem comigo? A gente pula junto! Quando eu disser 3, tá legal?
Hoje teve de tudo. Teve vídeo da minha irmã me chamando de Amandioca e minha amiga teimando que é Macaxeira. Aoooo Nordeste! Hahahah. Teve prova de Speaking. Parei pra conversar com uns amigos sobre as consequencias de falar uma segunda língua e concluímos que nossa voz muda e nossa personalidade se adapta. Descobri que pra alguns é jajaja, kkk, hahahaha, 555, e no fim todo mundo tá rindo. Day off é dia de não ficar em casa. Fui visitar meus amigos, Brasil, Canadá, França, Bélgica, Escócia. Junta tudo. O mapa encolheu. Cheers. Salud. Saúde. Dois professores de inglês no grupo corrigindo e também aprendendo um pouco de português e as piadas internas continuam a surgir “posso cozinhar pra você!” hahahaha. Partimos pro Mundolingo e depois fomos pra um barzinho chamado Turf Bar. Que dia delicia! Daqueles feitos à mão. Momentos de quando isso era agora.
Não quero ser aquele tipo de pessoa que quando reencontra alguém que pergunta “e aí, quais as novidades? Longo tempo que a gente não se vê…” e responde com sorriso forçado “ah, sabe como é, né? Tudo na mesma…” Parou! Não pare! Semáforo vermelho é exceção, o resto a gente ultrapassa! Como canta Los Hermanos e acompanho: “Moça, olha só o que eu te escrevi. É preciso força pra sonhar e perceber que a estrada vai além do que se vê.” E emendo “é morena, tá tudo bem. Sereno é quem tem a paz de estar em paz com Deus. Pode rir agora.” Peguei as malas! Ao infinito, fui em busca de ver o além…


