Trilha sonora: Weird Fishes/ Arpeggi – Radiohead
O que você faz quando sente medo?
E quando sente uma alegria absurda que te dá um siricutico agudo?
O que você faz quando está triste ou sente que errou em alguma situação? Como costuma se desculpar quando magoa alguém?
O que faz quando está entediado e o tempo anda devagar?
Nossa e quando você está mega ansioso sem motivo?
E numa situação hipotética em que você tem tempo pra fazer tudo o que sempre quis mas não pode ter contato com ninguém e nem sair de casa?
Hipoteticamente falando.
Como você lida com suas emoções?
Quando você sente saudades mas sabe que é via de mão única?
Como lida com suas vontades?
Você vai e faz sem pensar nas consequências ou cada passo é metricamente calculado?
Quem é você sem seu status?
O que te motiva a levantar no dia seguinte?
Prefere Toddy ou Nescau?
Praia ou campo?
Desculpa o interrogatório.
Eu só me questionava alguns porquês. Eu sempre fui muito emoção. Mas nem sempre me dei conta disso. Tento fazer o que é certo, segundo minha convicção do que acredito certo ser. Mas é tão relativo quando falamos de sentimentos. O meu por você. E vice versa. A conversa ganha outra cor. Vira do avesso.
Nós somos linhas diferentes que em certo momento viram congruentes e aquele ponto de intersecção muito nos diz.
Tem quem diz que se conhecermos o mais íntimo de uma pessoa que não gostamos, aprenderemos a enxergar algo bonito nela. Eu acredito piamente nisso.
Você no que acredita? ETs? Força Maior? Energia? Deus? Em você?
É que pra falar a verdade eu não sei o que estou sentindo agora. Eu tenho minha fé, minhas crenças, minhas emoções.
Mas eu sempre fui muito boa com palavras. Em me debruçar e transbordar o que guardo em mim. Mas agora, eu confesso que não sei bem dizer. Não sei bem o que esperar. Não é tristeza não. Não estou triste. Longe disso. Ontem eu me divertia tanto ouvindo música e dançando sozinha que eu machuquei meu pescoço, sentia um torcicolo horrível e ria comigo mesma. Eu sei me divertir só. Eu não preciso ir longe pra isso. Nem colocar as rodinhas nos pés em movimento.
Claro que tenho saudades das coisas como eram. E sei que logo voltaremos a fazê-las. De forma completamente diferente.
Vamos precisar nos reconhecer e reinventar.
Lembra as perguntas e respostas do começo?
Elas serão outras!
As circunstâncias não são mais as tais conhecidas. A gente se veste de uma arrogância de saber que nos cega. E se esquece que é justamente nos erros e desconhecido que aprendemos. Nos revolucionamos. Sejamos curiosos. Sobre nós mesmos. Pelo o que nos cerca. E quando for preciso, que a gente feche os olhos, certas verdades já conhecemos, e se estamparmos mais aos nossos olhos não farão que sejam mais verdadeiras. Se é que me entende, não existem meias verdades. E algumas não precisam de ênfase, pois cega. E entristece. A gente tem que focar no que nos dá força e vontade de mais vida. Que nossos dias sejam regados de emoções, porque acredite não tem coisa que nos faz mais vivos do que sentir. Os arrepios. As lágrimas. As risadas. A raiva. A calma. Os abraços.
Que tenhamos mais empatia, que a compaixão sim nos cegue, que a gente coloque 100% de nós em cada 1% de nossa presença. E sejamos presentes.
Pois aqui estamos.
Quando sentir algo, respira fundo antes de tudo e agradeça. Enquanto sentir, isso tudo fará sentido.
