Trilha sonora: If It Wasnt For You – Alesso.
Sempre tem aquele momento que você trava, e mesmo sabendo que ao seu redor tudo continua, você se pergunta se está realmente ali, meio que tudo congela. Já viu aqueles filmes que a cena para e o protagonista começa a se questionar sobre o que está acontecendo sem se dar conta que nesse meio tempo as coisas continuam e não param junto com ele? E começa a analisar o agora como se ele já estivesse mais à frente falando de um passado… Qual é, todo mundo já passou por isso, certo?! Hahahaha. Ou talvez eu esteja assistindo filme demais. E então nesse momento você se pergunta sobre suas escolhas. Mesmo sem saber ao certo o que isso significa, você volta para si, a cena descongela e você se dá conta que suas escolhas estão acontecendo agora! Meio perdido já que tudo parece seguir um caminho trilhado… Pra onde ir? Alguém da uma mãozinha? Estica! Tem lugar ai? Carona? Espera! Achei! Já sei!
Certezas são tão utópicas. Os riscos sempre perseguem. A adrenalina que nos acompanha é ainda um consolo divertido quando você sabe desfrutá-la. A confiança por vezes traiçoeira, mas é a melhor amiga que está ali pra incentivar e te colocar de pé. O medo, esse cara é o vilão de toda história. Mas temos que refonhecê-lo como a vítima também e porque não herói em certas histórias? Ele tem seu mérito por vezes… Até porque nem toda escolha é esperta e se não assustasse poderiam causar consequências que voltar atrás não seria também escolha. Eu não sou conformista. Só tento enxergar os dois lados de tudo. O colocar na balança. Não é ser sonhador. Não é ser realista. É ser observador. Com a cabeça nas nuvens e um pé no chão. Olhando lá do alto e sentindo a superfície. Sem certezas. Sem generalizações e limitações. A gente não segue regras. Não tem um caminho exato. Por vezes tem atalhos. Nem sempre são apenas retas. Nem mesmo definições. É tudo inconstante. Somos todos adaptações. Da nossa melhor versão. Atualiza! Revisa. Amplia. Simplifica. Engrandece. Arrisca. Me belisca. A cena congelou de novo. Positivo. Negativo. Meio termo. Sai do muro. Nada sem sal nem sem açúcar. Tempera bem isso ai. Olhe pra cá. Cumprimente tudo ao teu redor. Tudo é muito bem vindo! Se a gente interpretar. Se soubermos observar. Tudo tem um porquê. Ainda sem saber. Nossas escolhas vão dizer. Não se preocupar em pausar pra decidir. A escolha tá no futuro e já já chega. Então calma! Relaxa! Vai acontecendo. Sem a gente se dar conta. Passou! Então se dê conta do agora! E aproveite o momento que te cerca. Welcome welcome. Tenho um amigo da Arábia Saudita que é a carisma em pessoa. Não tem um que não o conheça por aqui. “Welcome! Welcome! How are you? Good? Good!” Ahahahhaahha. Aquele tipo de gente que te coloca pra cima quando você já desistiu de sair da cena congelada. Ele quebra o gelo. E espalha sorriso por tudo que é canto. Ainda quando preocupado, Welcome! Hoje achei tão engraçado, ele estava com o livro de outra pessoa e procurando quem estava com o dele, quando acharam e os livros foram trocados, ele riu e disse “Welcome welcome, my book!”, já virou o bordão dele! Hahahahaha a sala inteira começou a rir. A gente tem mais que cumprimentar tudo que nos acontece mesmo! Estar aberto e pronto a tudo a qualquer momento. Por que, não? Esse está virando o meu bordão, hahahaha este e o “sabe o que é engraçado…?” Hahahaha.
Ainda que travar a cena de novo, que os bordões mudem, que o medo se aproxime, que a coragem dê as mãos, o redor estiver pleno, cheio de gente, boa música, obstáculos, escolhas, desafios… Acho que sempre estamos a aprender. As pessoas ao nosso redor sempre transmitem algo para nós, no fim das contas somos somas de observações, atitudes e sentimentos de tudo o que nos rodeia. Ao que está por vir, já aprendi: welcome!
