Escolha O Seu Tempo

Morar sozinha longe dos pais… Longe mesmo. Tipo 13 fusos de diferença. Acorda. Prepara algo pra comer. Toma banho. Se arruma pro dia que tá chegando. Acelera que o trem tem hora. Tomar cuidado com as presenças em aula. Você tem que ter 80% pra não perder o visto de estudante. Responsabilidade. Foco nos estudos também porque temos objetivos aqui. Disciplina. Procurar emprego pra semana. Contas pra pagar. Independência. Fazer compras no supermercado (parte que eu não tenho paciência hahahaha, compras!). É, paciência! Hahahaha. Lavar as roupas. Limpar a casa. Cozinhar o próprio rango (SOS). Sobrevivência. Administrar o dindin pra poder aproveitar a parte boa também. Liberdade. Escolhas. Fronteiras extintas. Pode dar aquele passo maior que a perna sem dó. 
Adrenalina. 
O que fazer quando se está sozinha com mil opções ao seu redor? A vida sempre foi feita de escolhas. Mas confesso que agora isso está mais claro! Às vezes a gente acaba deixando o outro escolher. Mas não agora! A cada passo é uma escolha. À direita? À esquerda? Em frente? Aperto o passo ou para um pouco pro pôr do sol que tá chegando? Ir pra casa ou pegar um caminho desconhecido e desvendar o que tem por lá? Sair do muro. Decisões. Sempre fui muito indecisa. Hoje confesso que não tenho muita paciência pra lero lero de “ah, não sei…”. Hahahaha. Por que a gente complica tanto? Tem coisa que simplesmente não tem meio termo. A gente desperdiça um tempo enorme ficando sobre o muro, e sempre acaba com um “talvez”. É sim ou não! Se tem uma coisa que eu aprendi a admirar são as pessoas decididas que vem com toda determinação “é isso e pronto”, “te vejo às oito na frente da estação”, “é isso que eu quero!”. Eu que amo dar voltas sobre assuntos, quando se trata de tomar uma decisão, gosto de ir logo ao ponto. A gente pode dar uma volta por aí e conhecer os arredores se insiste. Mas vamos achar o ponto de partida, se não a gente não sai do lugar. 
To aprendendo a ver o bonito no simples e simplificar a complexidade que a gente julga necessária. Chega de tempestade em copo d’água! Mimimi e aquelas histórias que a pessoa insiste em se colocar como vítima! Aquelas que inventam um problema em cima do problema que ela já tem. Soluções. Conselho. Simplifique. Não coloque lenha na fogueira. Sem alarmar. Ele diminui. Ou ao menos não expande. Certas coisas temos que manter pra gente. Nem todo mundo tem as mesmas intenções e pontos de vista. Segura. Amarra. Dá um nó. Embala. E manda embora. Trash. Bin. Rubbish. Garbage. Tudo mesma coisa. 
Problemas. Perrengues. Soluções. Escolhas. Morar sozinho e longe é uma experiência necessária. O “se virar sozinho” ganha significado diferente. Mais que independência. Autoconhecimento. O saber o que fazer após as aulas. Você é responsável pelo seu caminho. Você faz a sua liberdade e seus limites. Você faz a tua própria felicidade. Está no caminhar. Com os próprios pés. Ser dona do próprio nariz. Nunca tinha entendido o sentido dessa metáfora Hahahah. Respira e segue em frente. 
“Não temos tempo a perder”, mas “temos todo o tempo do mundo”, “temos nosso próprio tempo”. Esqueça o fuso. Pra você é hoje, pra mim é ontem. Meu hoje é o teu amanhã. Mas nós chamamos de hoje pros dois casos. Tá escuro, aqui tá claro. Mas ainda nesse instante estamos acordados. Simultaneamente. Dois pontos de vistas. Mesmo presente. Qual você escolhe? Não se trata mais de problemas. Mas opções. 
É escolha. Desça do muro. Me dá a mão. Te levo até a próxima estação. Os problemas assuntam, eu sei. Mas depende do jeito que você o encara. E quando você vê, já resolveu e tá rindo, nem lembrando do que aconteceu. Agora! 20 segundos. Topa sair por aí? Conhecer um pouco da cidade e descobrir você em cada canto? É sim ou não! Não tem outra opção. Se quiser me achar, tô por aí! Eu decidi que quatro paredes não me seguram mais. Quero vento no rosto. Sentir a intensidade do tempo na minha mão. Tem gente que se preocupa demais administrando dinheiro. Tem ainda quem se mata cortando os impulsos. Me dê dois minutos e já estou pronta. Estou trazendo tudo o que eu preciso, toda minha existência e repertório que fui colecionando com meu tempo escuro e claro, ontem e hoje, agora e sempre e estarei por aí a exteriorizar e sentir. Já decidi! 🙂 

Por Amanda badrie

Profissional de marketing e comunicação, movida por transformar ideias em movimento e conexões reais. Criadora do C+, Na Dosagem Mais Coragem, para ser um espaço para quem acredita que viver é um ato de coragem.

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