Trilha Sonora: Falling – Trevor Daniel
Domingo, às 18:31. Bem específico se não fosse a contradição dos meus pensamentos que apenas divagam sem chegar a lugar algum. Aí a gente para. Respira. Fundo. Conta até 10. Medita. Tenta coordenar as ideias. Olha pro sol que agora está se pondo. Aliás, está a coisa mais linda. E no mesmo instante a linha do raciocínio vira plural e se embaraça, mil nós que não desatam com facilidade. Chega dá uma agonia momentânea misturada com paz interior. Cara, que sensação bizarra. Já sentiu isso? Eu não sei descrever. É tanta coisa acontecendo. É um furacão atrás do outro. Um pouco de medo da entrega, do caos que rola lá fora. De entender os limites e até que ponto é o tal de chegada. Ficar, ir ou somente deixar ir. Eu estou inconformada. Com esse desalinhamento. Como boa virginiana quero os pontos nos is. Mas lembro que é na bagunça que a gente se encontra e desperto a minha lua em sagitário. E não, eu não faço muito ideia do que estou dizendo. Nem entendo muito de signos pra ser honesta. Nem sou alguém com muita paciência. E no atual momento, nem paciente quero ser. Me lembra hospitais e isso é o que eu mais quero distância. Essa quarentena de desejos, vontades e anseios. Sinônimos pra dar mais ênfase na abstinência de sair por aí sem pressa.
Bom, no meio disso tudo se tem uma coisa que eu bem entendo é sobre minha intuição. E ela me diz que devo confiar. Novamente olho pro céu lá fora. Ainda tá uma cor incrível. Vou deixar os nós se desatarem a sós. Certas coisas precisam de privacidade. Nada tão específico como este domingo agora já 20 para as 19h.
Não entendeu nada né? Tá tudo bem. Nem eu entendi! Deixa sentir. Pra ter sentido.
