Oi! É, tu mesmo! Liga o som! Coloca Neon Lights da Natasha Bedingfield. Aumenta isso ai! Agora sim! Você vai entender melhor! Escuta. Presta atenção! Sobre arte e reticências. Uma vida em três pontos. Você gosta de gramática? Não é pré requisito. Só uma pergunta fora de ordem… Eu amo essa arte de tudo que esconde um significado e um mundo entrelinhas, que nos faz abrir o livro. Ler com cuidado pra pegar todos os detalhes. O mistério que te prende ali e nada lhe tira o foco, ainda que eu me distraia fácil. Tem coisa que te segura. Puxa pra perto! Fique firme! Abraça! Curiosidade grita teu nome! Você acena! Presente! Acha que está indo atrás do porquê e só encontra mais perguntas e mais reticências. Dá um frio na barriga esse monte de interrogação. Mas chega um momento que você mesmo com mil questões sem respostas passa a entender. Você não sabe dizer o porquê. Mas entende. Escuta a música. Leia. Observe. Alguém fez isso porque não se bastava. Vazava. Significados. Linhas. Reticências. Somos reticências. Várias delas. Uma constelação. Algumas em forma de etc chega disfarçada quando acompanhada de ponto final. Balela. Tem imensidão ali também.
Mas esquece tudo isso! Aumenta a música! Senta um pouco! Olha o imensidão azul! A gente é tão pequeno no meio disso tudo! Mas parece tudo tão grande aqui dentro! Abre a porta que tem visita! O céu muda de cor. A gente mudou de lugar mesmo sem dali sair. Tanta coisa rodou e às vezes a gente não se dá conta. Esse ano faço 20 anos e ainda lembro dos meus tempos de escola e me recuso acreditar que cheguei no lugar daqueles de quem eu admirava e invejava poder sair sem pedir autorização, que trabalhavam e tinham carteira de motorista. Queria ser dona do meu nariz! Ter minhas próprias escolhas. Ganhar meu dinheiro. Fazer uma tatuagem. Ter chave de casa. Ser maior de dezoito e responder pelos meus atos. Hoje trabalho, tenho uma carreira encaminhada, uma carteira de motorista, e muitos sonhos. Ainda que não use carro, prefira as folgas e as realizações. Tá escrito na pele os sonhos e as paixões. Dancei com meus medos e os mando viajar em sentido contrário do meu roteiro. Se a gente se encontrar, serei educada. Cumprimento e ainda pago um café. A gente se despede e cada um continua seu caminho. Já reparou que temos uma capacidade incrível de responder perguntas com outras? Por quê? Vai saber, não é? A dúvida causa uns efeitos tão diversos e estranhos, tão cheio de reticências intermináveis. Aquele ciclo vicioso que não para. Ainda bem que não…
Como por exemplo, por que é difícil dar tchau? Por que tem gente que nos marca com pouco e o pouco é tanto que saudade não cabe na contradição pequeno/grande eu? Hoje a aula foi assim. Cheio de tchau e até logo que não sabemos se um dia há de se encontrar e virar “oi”. Reticências. Minha amiga da risada engraçada, depois de me fazer sentir uma criança pelo meu tamanho (precisei subir num banquinho pra tirar uma foto decente com ela ahahahah), está voltando pra Alemanha e outra amiga pra Tailândia. Meu amigo de Omã se formou e já não me acompanhará na escola… Foi o último dia de aula com meu professor. E de novo tudo muda. A gente roda de novo. Nessa arte das mudanças e reticências que vêm antes das frases. Tá por vir. Dia de festa! Celebrar os bons momentos antes da partida. Com direito a bolinho, velas, Tim Tam, chapeuzinho, só faltava um aniversariante pra falar que era festa de aniversário! Hahahaha. Depois de agradecer toda a paciência, carisma e amizade do professor que vai fazer falta. Juro, cada um melhor que o outro aqui! São todos tão amigos! Animados e diferentes uns dos outros. Tão únicos. Como cada um vem a ser. Último dia daquela classe foi como tinha de ser. Gafes. Palavras erradas na hora e contexto errado. Falando nisso, tome muito cuidado ao pedir uma Coca Cola aqui! Repete comigo, Coke!!!! Hahahahaha só pra não cometer a gafe que meu amigo cometeu e rendeu aquela crise de riso, ainda mais quando a alemã começou com aquele risada que só ela tem. Ai pronto! AHHAHAHAHA. Foi reticências atrás de reticências. Hahahahah.
Hoje foi dia também de voluntariado, trabalhei no ACMI (Australian Centre for the Moving Image), onde sempre tem um evento mais legal que o outro! Trabalhei num escritório HRAFF, que trabalha com direitos humanos, mexi com pesquisa e matei um pouco a saudade de trabalhar nessa área Hahaha.
Tão bom achar alguém que te entende e te coloca pra cima né? Amigos…
Uma passada no Breadtop pra deixar a gordinha feliz e depois a noite começa. TGIF!
Equinox, um barzinho na Elizabeth St e depois Lions Club, uma nighclub dentro do Melbourne Central, bem legal! Com música ao vivo e tudo mais!
Passei também pela Love Brigde e acredite, todos os cadeados sumiram! 🙁 hahahaha que triste! Parece que não vão deixar mais a galera ser romântica por ali… Haahha. Mas achei um que sobreviveu! Ainda existe amor em Melbourne! E eu to cada vez mais apaixonada! Pelos lugares, pelas pessoas, pelos detalhes…
Arte… Reticências… Etc.










