Quantos números fazem parte de você? Altura, idade, peso, preço, coleções, quantos? Exatamente. Perdi as contas. A desculpa é sempre a mesma, sou de humanas! Haha
Tem aquela de “qualidade é melhor que quantidade” muito útil também. Quais as desculpas? Quantas estão disponíveis? Qual o número do seu RG? Que ônibus você pega? Tem carro? Qual a placa? Que horas você acorda? Quantas vezes você come por dia? Quantos amigos próximos, daqueles que dá pra contar pra tudo, você tem? Conta pra mim! Quando é seu aniversário? Marcarei na minha agendinha…
Hoje é que dia mesmo? Sei que é sexta, mas sabe o número?
Ah deixa pra lá… Estava vendo aqui o caderninho novo que comprei ontem pra ter onde anotar rápido alguma ideia que eu tivesse em qualquer lugar que eu fosse. Sempre levo um caderninho e uma caneta comigo por onde quer que eu vá. Nunca se sabe quando uma ideia aparece pra visitar. A gente tem que estar preparado pra bem recepcionar. Seja bem vinda e volte sempre!
Mas abro o caderninho, coloquei meu nome. 4 nomes, cada um com 6 letras, meus pais devem ter pensado demais pra deixar meu nome na métrica certinha hahahaha. Olho para as 176 páginas em branco… Quantas linhas devem ter em cada?
Meu conflito na verdade é o nada! O vazio das páginas. Oportunidades. Momentos. Ideias aleatórias. Rabiscos. Qual vai ser a dosagem? Vai ser exatamente não ter uma!
Olhar pro caderno me deu a mesma sensação de quando eu estive na praia num dia imprevisível de sol em St. Kilda. O mar. As linhas. Sem linhas. Sem pistas. Acho que isso que é viver. A adrenalina do agora. O frio na barriga. A dúvida. A coragem. Que viram histórias. Dessas eu não abro mão de quantidade nem mesmo qualidade.
Eu confesso que amo o novo. Aquela coisa de primeiro passo que ainda que assuste, você vai, porque a vontade é maior. É aquela mistura de medo, coragem, dúvidas, curiosidade, “to no caminho certo?”, enfrenta, bate na porta, tem alguém? Quanto você calça? Primeiro passo, qual o segundo? Quantos primeiros? Quantos segundos? Minutos? Que ano estamos? O que tem no segundo? O depois! Sem spoiler, é pagar pra ver! Arrisca? Paga quanto? Aguenta esperar? Até quando? Conta os carneirinhos! Qual seu limite? É contável ou incontável? Seja curioso. Cauteloso. O depois vai ter sua hora de ser agora. Amanhã é uma dia a mais, +1! Que venha por nos lembrar o quão jovens ainda somos, ainda que o tempo passando diga o contrário. Uma página de cada vez. Ou não. Não gosto de regras. Deixa o caderninho preparado pra novas histórias e deixa a caneta fazer o resto. Os números vão chegando aos poucos de mansinho. Que venham positivos pra somar e multiplicar essa sensação gostosa de enfrentar o novo, desconhecido momento do agora, a empolgação de ser o melhor de si mesmo, descobrir e experimentar o mundo nos segundos dos primeiros, segundos e tantos outros passos.
Hoje mesmo teve a graduação de mais uma grande amiga que vai fazer muita falta nas minhas manhãs 🙁
Que você tenha muita coisa nova pela frente e que a gente se encontre pra me contar cada rabisco do seu caderninho. Depois disso, uma novidade que me encheu de uma coisa tão boa que me senti uma verdadeira criança (tamanho já é de uma) saltitante após ganhar aquele brinquedo que tanto queria e já não sabe nem como agradecer o mundo por isso. Pra comemorar a adrenalina, desce mais uma dosagem de coisa nova, é pra brincar de expandir o repertório até onde der. Fui com uma amiga num restaurante chinês chamado Shanghai Village e experimentei os famosos Dumplings e de combo o Chicken Shao Long Bao. Sofri com os palitinhos e com um conflito de cultura, brasileiro é muito cheio de carinho e quando se depara com culturas mais frias estranha, mas keep going hahahaha. Estava tudo uma delícia.
Eu admito também, que esse vazio me provoca. Me faz cócegas. O silêncio quer dizer algo e um grito na minha garganta já está a postos pra vestí-lo.
Oportunidades batem à porta, estou deixando até as janelas escancaradas. Caçando-as em todos os passos, páginas, números e agoras! Ela chegou, animada e me contagiou! Logo menos conto tudo! É tudo novo pra mim! Acho que por isso mesmo estou tão estusiasmada com a caneta nas mãos. Quantas cores? Todas as que conheço e descobrindo novas!
Primeiro passo! <3
Música auxílio do texto de hoje: The XX – Reconsider





