Inquietude

Não para. Vai pra lá. Vem pra cá. Fez isso e aquilo. Terminou? Inventa algo. Não diria ser impaciência. Talvez. Um pouco. É inquietude. Um querer incontrolável. Viver. Já sentiu isso? Quando você sente cada inspiração que acaba até por deixá-la desregular? Respira de novo! Vontade de sair pulando. Rindo alto, os fones nos ouvidos fazem você andar dançando. Quem te olha dá risada, e você ri de volta. Nem liga. Fez a pessoa rir e isso que importa. AHHAHAHAHA. A inquietude segue teu passo. Já virou tua sombra. Ainda que aqui com esse frio e sol se escondendo, sombra te acompanha raramente. Foi uma péssima comparação. Hahahaha. Digamos então que é tua jaqueta em Melbourne. Há! Quero ver alguém sair sem por aqui. Esses dias fez 4 graus de manhã. Ai. Meu. Rim. Prepara! O vento é tão forte que já já vou sair cantando “voar voar, subir subir…” Hahahahaha. Eu falo demais, né? Eu assumo! Hahahaha. Minha mãe diz que eu faço comunicação não é por acaso. Quando estou inquieta então, saia de perto. Eu não calo a boca. Dou risada de tudo. E se você entrar na minha onda, ai pronto… A bagunça tá feita. A risada fica viciosa. A inquietude aumenta. Vem na minha que é sucesso. Hahahaha. A gente faz umas dancinhas destrambelhadas e ri de si mesmo! Não tem coisa mais gostosa do que isso! Apaga tudo! Inspira de novo! A distração toma conta. As palavras brotam sozinhas. Lembro de quando em São Paulo me dava esses cinco minutos e eu tinha a melhor companheira. Hahahahaha. Minha irmãzinha de 7 anos sempre pegava o embalo, era no snap, no carro, em casa, em tudo que é canto, dancinhas coreografadas, risadas não combinadas, histórias tão engraçadas e a sombra que não nos largava (lá não precisávamos de jaqueta, não tanto quanto aqui hahaha). Saudade da minha pequena! 
“Nossa, você fala muito de saudade”, oh queridos, óbvio que falo! Isso não quer dizer que esteja deixando de aproveitar aqui! Muito pelo contrário, lembro das saudades com seus respectivos nomes e faço valer cada segundo longe deles! O que é uma missão bem complicada! Mas a inquietude vem e simplifica! A saudade vem, me enche de energia, e a poesia da cidade mexe de novo com a inspiração. Respira de novo! Nada de ter controle. É pra perder mesmo! 
Hoje peguei trem de novo, depois de tanto tempo, lembrei o dia da minha multa Hahahahaha. NUNCA MAIS EU COLOCO O PÉ NO BANCO! O mais engraçado de tudo é que agora todo mundo (aqui em Oz e no HueBr) me manda foto de gente com os pés nos bancos “quanto esse cara aqui teria que pagar, Badá?”. Amizade é pra isso também, né? Hahahahah. É pra lembrar dos velhos tempos e ressurgir fotos que se desse você colocaria fogo AHHAHAHAHA. Mas, a zuera dos amigos é antiga e não para, não para, não para, não! Uma das minhas melhores amigas tirou um print (a cretina nem me avisou pra eu fazer cara de meiga) da nossa conversa no Skype enquanto eu fazia meu almoço e colocou no Facebook, dizendo “quem diria”, e a galera curtindo! GENTE, SEGUINTE, EU SEI QUE NÃO SOU LÁ GRANDE
 COISA COZINHANDO, MAS NÃO PRECISA CONCORDAR! Hahahahaha Obg! De nada! Isso me lembra também os dias em que eu ficava sozinha em casa com meu irmão Hahahahaha. Era uma cozinha balada! Luz, câmera, ação! Saudade do meu pequeno ~maior que eu~. 
Inquietude. 
Hoje na escola, a aula não teve cara de aula! Hahahahaha só competições e jogo do detetive. Eu tenho ímã pra atrair gente doidinha. E isso não é uma reclamação! Hahahahaha. A inquietude duplica e pega carona. Aumenta o som, buddy! 
Acabei parando no Jazz Festival que aconteceu na Federation Square. É lindo como aqui o céu é sempre estrelado, ainda que sem estrelas. A música, as luzes, as pessoas atentas… Eu, inquieta! Isso tudo não cabe em mim! Extravasa. Transborda. Faz cócegas. Vira risada. Sorriso bobo. Fico encantada. Parada no meio da inquietude. Marca. Observa. Acena. Respira. Inspira. Pega a sombra no colo, curiosidade nos pés, os anseios triplicam. 
Pra lá, pra cá. Isso e aquilo. Sai pulando. Rindo sozinha, os fones nos ouvidos, anda dançando. Quem te olha dá risada, e você ri de volta. 

Por Amanda badrie

Profissional de marketing e comunicação, movida por transformar ideias em movimento e conexões reais. Criadora do C+, Na Dosagem Mais Coragem, para ser um espaço para quem acredita que viver é um ato de coragem.

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