Keep Going

Trilha sonora: Trojans – Atlas Genius. 
Vira pra um lado. Vira pro outro, o que acontece? Que agonia! Aperta. Contorce. E torce pra passar. Mas persegue. Me solte. Vá e não volte. Me deixe ir. Em ritmo do que me põe pra dançar. Venha se for pra acompanhar. Dois pra cá, dois pra lá. Troca o disco. Chega de papo furado. Risca. Rabisca. Aumenta o som. Vira do avesso e vista a camisa. Arregaçar as mangas e soltar a voz. Puxa pela cintura e dê aquele beijão de novela. Vire mestre cuca e faça aquele bolo, mas não dê bolo em ninguém, dê presença de presente. Tire tudo até onda. Mas não pise na bola, chute pra longe e faça gol de placa. Abra as asas e voe. De boa na lagoa. Suave na nave. No mar, ame o ar que vibra e arrepia. Que sensação é essa? Tão estranhamente boa, assusta, te coloca de frente com teus monstros e te deixa. Te larga e foge. VOLTA. Já tarde, antes eu que mandei embora. 
Hoje foi dia de experiência nova. Trabalhei em um restaurante muito renomado daqui, muito bem frequentado, já recebeu até um ator de Game of Thrones. Bem bacana o ambiente. A atmosfera luxuosa. Me deixou um pouco incomodada. Não é meu lugar. Gosto de riso frouxo e conversa afiada. Gosto de sentar no chão e contar piada. De adular e ser admirada. Agradecer e ajudar. Me sentir útil é importante. Sai de lá. Um ótimo restaurante. Aliás, super recomendo. Mas não é meu canto. Perfeito demais pra mim que gosto de simplicidade e informalidade. Sai de lá, passei no mercado comprei Tim Tam e fui pra casa de uma amiga! Conversamos, tomamos café e coragem, de lá fomos pra um hostel encontrar umas amigas dela. A australiana, a japonesa e as duas brasileiras. Fomos parar no Eve Club. O incômodo e a agonia passaram. Dancei até esquecer o que me prendia. Nessas horas não existe cansaço. Ainda cedo, ainda sem sono. O telefone toca, “vem”. Cheguei. Mais amigos. Mais risadas. 
Agora corre! Mas não tem saída! Tem escolha? Olha pra frente. Enfrente! Analise. A primeira vista, tudo é gigantesco! Essa regra não é válida pra mim! Tá legal, sou baixinha mesmo! Mas não mude o foco! Foca! Fica! Atento? Pra dentro e fora! Me olha! Careço de histórias! Me conta uma? Mas não daquelas que põem pra dormir. Quero uma que me acorde, tire da cama e me acelera, não ritmo, mas intensidade. Me faça levantar querendo mudanças. E muda! E vida, viva! Vivida! Até lida! Lidando com os dragões do dia a dia! Brinda! Cheers! Dança no suspense e ri dos suspiros. Me pira esse sentimento que faz querer colocar o pé pra fora de casa e sem tempo pra voltar. O tempo é meu. Quer um pouco? 
Atravessa. Deixa e passa. Uva. Amassa. Se joga. Espreguiça. Estica. Alcança. Escolta. Encosta. Enrosca. Enrola. Entrosa. Encontra. Nada contra. Só me conta. Soma. Não some. Seja homem. Seja mulher. Seja humano. Natureza. Beleza. Sem essa de realeza. Esqueça a tristeza. Te peço com gentileza. Vem. Mas vem querendo. Vem amando. Sambando. De braços abertos. Coração e mente de paraquedas. Tenha queda pela vida. Seja amante do imprevisível. Se case com o agora. Relacionamento sério com a coragem que vibra no peito e abre caminho. Sai da frente. 
Um passo a mais e já é outra história. Escrevo. 

Por Amanda badrie

Profissional de marketing e comunicação, movida por transformar ideias em movimento e conexões reais. Criadora do C+, Na Dosagem Mais Coragem, para ser um espaço para quem acredita que viver é um ato de coragem.

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