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Trilha sonora: Waiting For Love – Avicii. 
Não para. Vai de um lado pro outro. Corre. Por todos os lados. Eu tento acompanhar, mas parece que não saio do lugar. Me deixa louca. Me deixa zonza. Sem saber pra onde olhar. É placa por todo canto. Eu sei. Tu sabe. Tenho tempo pra pensar. Mas não quero parar. Pare com essa ideia de querer seguir. Tem mais é que construir o que é teu. Colocar as próprias placas. Chega disso de ficar olhando como quem acompanha fielmente a bolinha de ping pong de lá pra cá. Olhe bem, meu bem! Só falo porque te quero bem! Sem medo. Liberdade às vezes assusta. Muitas opções confundem. Mas olhe pra dentro! A gente quer abraçar o mundo e deixar todo mundo à vontade quando a casa ainda está uma bagunça. Calma. Se arrume. Se aconchegue primeiro. Respire leve. Tire o que só está ocupando espaço. Abra a porta. 
Sai da escola. Fui almoçar com meus amigos. Passamos no Hungry Jacks. Ganhamos sorvete da tailandesa. Esses gestos por mais que tímidos são tão quem somos. Nos detalhes a gente se mostra e demonstra o quanto a companhia nos faz bem. Agradeci. Corri pros meus vinte segundos. Decisão longa tem de ser feita. Algumas quererem mais de vinte. E confundem… A gente estuda o território e suas possibilidades. Me faz lembrar minhas aulas de matemática em que eu tinha que resolver aqueles exercícios de combinação. Esse quebra cabeça é um pouco maior já que as peças utópicas são escolhidas por suposição. Hipoteticamente a gente continua. Fui pra casa. Peguei minhas malas. Quero colo. Quero família. Peguei meu trem. Saudade dos aussie primos e da Alpha. Cheguei na hora da janta. Comida indiana na mesa. Queria saber cozinhar hahahahaha. Esse tipo e refeição faz meu dia. Depois o aconchego. Assistimos Judge Judy juntos como sempre fazemos. Depois o filme de terror que já virou regra. Hahahaha. O colo. Os conselhos. A notícia de que Melb foi eleita a melhor cidade pra se morar pelo quinto ano consecutivo Hahaha. Cheers. Tem um porquê. Ou mais. 
Quero mais. Decisões. Mais passos dados. Mais do menos. Menos chatice e frescuras. Menos tédio e gente que dá sono. Mais simples. Pra que complicar? Deixa leve. Deixe levar. E lava a roupa da alma. Quero mais sol. Mais risadas intermináveis. Menos quantidade. Mais qualidade. Menos complicações com a idade. Menos superficialidade. Quero minha realidade. E toda essa cidade. Ah essa liberdade. É verdade! Quando você sabe do que se trata, o caminho se enche de sinalizações. Fica prático. Mais fácil. Deixa de ser ideia. Luz. Câmera. Ação. O achar e seu abismo entre o certo e errado. O risco de pular. A coragem por tentar. A determinação que faz crer que dará certo. O medo que faz querer recuar. O arrependimento lá na frente se preparando pra te abraçar, já grita “e se…”. A trilha sonora acompanha. Tudo fica mais. Mais alto. Mais desafiador. Mais complicado. Mais intenso. Mais agora. Mais tudo ou nada. E ai, você pula? Ou fica vendo a bolinha de ping pong?  

Por Amanda badrie

Profissional de marketing e comunicação, movida por transformar ideias em movimento e conexões reais. Criadora do C+, Na Dosagem Mais Coragem, para ser um espaço para quem acredita que viver é um ato de coragem.

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