Me Acompanha?

Ei! Olha aqui! Estou falando com você! É, você mesmo! Corre não! Me espera! Hahaha. Me deixa te acompanhar. A gente anda junto em silêncio, não tem problema. Só pra ter aquela sensação de não estar sozinho, tudo bem? A gente vai junto até o ponto dos nossos caminhos coincidirem. Pode ser? Pepsi? (Não podia perder essa hehe). 
O dia tá tão bonito! Um verdadeiro “vem pra rua” chama. As luzes que deixam a noite mais aconchegante. O frio? Estou me acostumando, não me impede de sair de casa. Quatro paredes é muito, uma só janela não dá conta. Ai é hora de sair. Pra sentir o vento no rosto. E que vento, diga se de passagem. Hahahaha. Mas, ver aquele lugar é como assistir uma pintura a tinta óleo em movimento. Constante. Inconstante. Espontânea. Única. Cheio de detalhes. Encanta. Espanta os pensamentos. Foco. Observe. Começa o show de fogos. E eu me sinto uma criança de novo. Ainda que andando sozinha. Sozinha eu não estava. Eu estava com o tempo, com frio, com as luzes, com o momento e comigo. 
Sabe, sempre tem aquela música que mexe com você, aquela que te desconcerta e põe contra a parede. Te empurra e joga pro alto. Antes de eu vir pra cá, eu buscava um sentido pra explicar o porquê eu sentia que eu tinha que fazer isso, agora! “Mas por que tu não espera terminar a faculdade?”, “mas você é nova ainda”, “me espera”… Tinha que ser agora! Eu sentia. Só não sei explicar ainda o porquê… Fiz mil textos buscando uma explicação. Muitos foram parar no lixo. Achei uns motivos que me acenavam a hora. Mas era só eu colocar aquela música que meus olhos enchiam de lágrima. Não era a letra. Não sei o que tem nela. Mas ela concordava comigo e dizia “VÁ!”. E com ela fiz um dos textos mais sinceros que já escrevi. Tem coisa que a gente não tem como explicar. A gente sente. E tem que pegar carona. Sem questionar muito. Observe. Admire. Escute quem passa vinte e quatro horas com você. Se é que me entende… A vida já é cheia de mistérios e a gente buscando desvendá-los, acabamos por criar mais. Só acompanha. Segue o teu caminho. E deixa acontecer naturalmente (e eu não quero ver você choraaaaaar Hahahahaha cantou comigo que eu sei, bjs). 
Hoje, depois de voltar da casa do aussie primo e levar a Alpha linda pra passear, mandei um recadinho pra minha mamis! Dia dessas mulheres incríveis e homens também, tem muitos ai que são mães maravilhosas! Um feliz dia das mães, especial pra minha que tá longe e sempre da um jeitinho de estar perto! 
Ah, vocês lembram da minha multa do trem? Pois é, ela chegou! Hahahahaha PQPPPPP! Nunca tocar o banco com o pé saiu tão caro! Meus primeiros salários já tem destino, e podia muito ser pra outra viagem! Mas ok, ok! Hahahaha. Lição MUITO bem aprendida! Peguei trauma até! Outro dia um amigo tava comigo no metrô e sem querer fez a mesma coisa que eu, na hora que vi ~imagina a simultaneidade~ ele indo tocar o banco, dei um tapão no pé dele hahahahahaha. “Are you crazy, mate???? Dont do like me!” Hahahahaha. 
Mas voltando onde estávamos hahahaha. Que dia! Fiquei perambulando sozinha pela Southbank e depois fui na casa de uns amigos amigos assistir filme e dar boas risadas. Bom quando conhecemos gente com a mesma loucura que a nossa pelo caminho e acompanha. 
Hoje tive a coragem de escutar aquela música. Sim, aquela que comentei. Alguém ai conhece Angels – The XX? Eu não sei explicar o que tem nela, mas ela se explica por mim! E eu lembro de quando eu colocava ela pra tocar em São Paulo, ficava quieta e a caneta rabiscava rápido o caderno, não dava tempo de pausar. E sem saber, eu sabia! O tempo me chama. Fala comigo. Nem sempre me espera. Eu aperto o passo e a gente segue junto. A música hoje é outra “suddenly I see what the hell this means so much to me”. 

Por Amanda badrie

Profissional de marketing e comunicação, movida por transformar ideias em movimento e conexões reais. Criadora do C+, Na Dosagem Mais Coragem, para ser um espaço para quem acredita que viver é um ato de coragem.

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