Not too bad

Mais que gostar do lugar, estou cada vez mais gostando dessa fase de descobertas. Bem que uma vez me disseram que assim que você tem contato com esse tipo de experiência, difícil é voltar com a rotina antiga, consigo imaginar o porquê. Não que aqui eu não tenha uma, mas é uma com lugares que não fazem parte de tal, com pessoas diferentes a cada dia. Uma rotina sem rotina exata. Melhor eu não tentar explicar isso Ahahahaha. Farei melhor, achei um texto em inglês (amigos gringos podem deixar o Google Translate de lado agora haha), que traduz um pouco isso tudo…

“Get excited about the little things. About wearing a new outfit for the first time. About Sunday brunches with your best friends. About the new cute guy in your class. About finding an extra dollar in your pocket. About anything that even remotely makes you happy because as you grow up, passions fade and enthusiasm gets gets mistaken for foolishness. So don’t let the grey world stops you from shinning.” 
 
O bom de viver é ir atrás do que lhe faz bem e lhe inspira, siga as placas! Go ahead! Arriba, abajo, al centro y adentro. Mas, vá! Why not?
“Vai e se der medo, vai com medo mesmo”, “20 segundos de coragem”, “na dosagem mais coragem”. Vários jeitos de dizer, só vai! Não só jeitos, mas línguas, sotaques, olhares…
Hoje conversando com uma amiga muçulmana, que por sinal usa lenço (hijab o nome, se não me engano), entendi a expressão “sorrir com os olhos”, é bonito ver que a linguagem não se restringe às palavras. Somos ao todo um bom livro a ser lido. É só questão de não julgar pela capa. 
Hoje por exemplo reparei que a grande maioria daqui responde o “How are you?” com um “not too bad”. Primeiro pensei, “caramba, que jeito pessimista de responder, tipo ‘ah, não muito ruim’, é o mesmo que dizer que o copo tá meio vazio ao invés de meio cheio”, mas no Brasil esse mesmo tipo de comprimento é um tanto quanto engraçado: “tudo bem?”, “tudo bem?” e acabou, tu nem escutou a resposta, já seguiu teu caminho Hahahaha. É ou não é verdade? Sem generalizar, mas quase sempre é assim. Vai ver é questão de interpretação. Passei a encarar o “not too bad” de um jeito diferente, é só a maneira como você resolve ler a história, é difícil ler um livro quando você já imaginou a história ou assistiu o filme, mas tem coisa entrelinhas e a gente tem que saber estudar. Até porque como nós também falamos “nada mal!”, certo? 
Nada mal foi o plano B de hoje, aliás! Hahahahah. Dia de free ice cream na Ben & Jerrys e claro que fomos, a questão era: fila, ENORME! Mas, porém, contudo, entretanto, nada pode acabar em pizza! E se o plano A não deu certo, devemos agradecer por termos um vasto alfabeto! Foi dia de reunir uma turma grande da escola e passamos a tarde num lugar muito legal que tem perto da estação Prahran chamado The Flames Bar N Grill. Depois de um grande debate entre Itália, Brasil, Colômbia, Omã e Rússia, passei a reparar ainda mais nos sotaques e me disseram que brasileiro tem uma mania de trocar o som de S com o de Z! Hahahahaha Bom saber, obrigada folks! 
“Acabar em pizza” me fez lembrar a volta para casa com um amigo, eu vi uma matéria do buzzfeed (http://www.buzzfeed.com/clarissapassos/its-us-on-the-tape?bffb&utm_term=4ldqpgs#4ldqpgs) super legal e resolvi, abre parênteses, tentar, fecha parênteses, explicar algumas gírias e expressões que usamos no Brasil, pensa só explicar o significado de “lacrou”. Ri igual uma idiota. 
Dia começou pela Docklands (não me canso desse lugar), cheguei a enfrentar o medinho, entreguei alguns CVs (to tentando contrariar meu tamanho e virar gente grande), venci o medo e estou começando a ficar mais confiante quanto meu inglês, ah moleque! Final do dia foi em Southbank, um dos lugares mais legais que já vi a noite chegar, os barzinhos todos com pontos de luz, o Yarra River por perto e todo aquele clima bom que pode ser traduzido pelo textinho lá do começo! E como eu dizia, o corpo fala. A cidade inspira e nós? Só vamos! 

Por Amanda badrie

Profissional de marketing e comunicação, movida por transformar ideias em movimento e conexões reais. Criadora do C+, Na Dosagem Mais Coragem, para ser um espaço para quem acredita que viver é um ato de coragem.

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