Parece Filme

Trilha sonora: In Your Arms – Nico & Vinz. 

“It just takes some time
Skinny girl, you’re in the middle of the ride 
Everything, everything will be just fine 
Everything, everything will be alright.”
Era meu celular dando sinal de vida logo cedo. The Middle de Jimmy Eat World fazendo sentido e servindo de café da manhã.

Dias assim. Você acorda e o trailer de como será. É filme. Luz. Câmera. Ação. Então você se senta na poltrona já esperando pra começar. Antes ainda, já acabou com a pipoca. Ansiosa. O que acontece agora? Como faz pra pular já pro começo do filme? Senta. Cruza as pernas. Se curva pra frente. As mãos na boca segurando pro coração não cair pra fora. Calma! Sossega. Se ajeita. Prepare-se. Precisa respirar. Não acelera. Se não atropela. Os fatos. O tempo. E a vista. Embaça. Estranha. Aperta. O peito. As mãos. Se entrelaçam e você não quer deixar soltar. 

Abri os olhos. O despertador gritando. Mensagens já esperando respostas. O dia já esperando eu apertar o start e desligar o alarme. Dei alarde! Pulei da cama. Me esperem. Me esperavam. Fui de encontro. O filme começa. 

Cheguei na H&M, a Recife me aguardava. O ato. O voto de confiança. Quando a amizade é tão boa que nos cega os olhos. A gente se abraçou! Logo o Welcome apareceu. Éramos nós três e Melbourne. Esse lugar que nos cumprimentamos. Era hora de se despedir. Mas antes, passamos no Waffle. Fomos andando até a Fed Square. Nos sentamos de frente pra estação. Que estranho isso. A gente riu lembrando dos bons momentos. Encarando a estação. As risadas ganharam companhia. As lágrimas escorriam. O abraço forte. Um carinho tão grande. Obrigada! 
Tá na hora. Segura coração! Fomos até a plataforma com ela. Se cuida, moça! Melbourne nos traz pessoas tão incríveis, mas é tão difícil essas horas que as trilhas se divergem. E a gente guarda um pouco de cada aqui dentro de nós. E pulsa. E foi… A gente se vê. 

Eu que não costumo ter muita amizade feminina, vi minha amiga voltando pro lugar dela. O trem seguiu. Eu e o Welcome nos abraçamos. Saímos andando quietos. Era a gente se olhar que já vinha o abraço. O conforto. Já havia saudade. É engraçado isso. Mas acredito que certas coisas devam acontecer. Tem a hora certa, a companhia exata e o lugar, esses gente se emociona só de falar!? Escolha nossa! Se arrepende? Quando as escolhas se cruzam com similares. Parece filme! As histórias vão ser repetidas e cada vez mais vamos nos empolgar para contá-las. Que tenham bons ouvidos para nós escutar. E sabe de mais? Parece que não será o bastante! Aqui a gente vive um agora tão nosso! Aprendi tanto com ela, e foi uma delícia a gente ter quebrado as primeiras impressões e nos aproximado ainda que nos 45 do segundo tempo, valeram as risadas e os momentos. Tu é massa! Um cheiro! Hahahahah 

“Ei, tenho uma surpresa pra amanhã! Prometi estar junto até o final!”. Preparamos tudo! Passamos em casa, fomos pra Spencer, almoçamos e até encontramos o amigo aussie da Recife. Dei um abraço apertado e segui pro trabalho… 

O trem… Pra onde estou indo? Sensação estranha. Quero colo! Não gosto de tchau. Esse ir e vir me consome. Oi. Alô! Tá ai? Me abraça! Cheguei no restaurante. “O que aconteceu?”. “Não pergunta, não pergunta, não pergunta!”, pensava. Meu avô viu que tinha algo! Me abraçou! E começou a fazer graça pra me fazer rir! Conseguiu. Tô bem! Juro! “Mesmo? Vem dançar comigo!”. O dia foi longo. Trabalhei igual gente grande. Parei pra jantar. E a cabeça viajava. Logo volta. Revolta. Corre pra lá e pra cá. Rindo das trilhas sonoras e dos personagens alegóricos. “Pode ficar até fechar?”. Já era de se esperar! Quero distrações. Tudo bem! Eu aguento! Quatro horas da manhã, meu chefe me deixa em casa, um donut, nachos, duas pizzas, e mil laranjas. Obrigada pela carona também! Era felicidade misturada com saudade. De tudo que já foi e daquilo que está pra ir também. É filme. E a gente segue o roteiro com intervenções nossas. 

Essa cidade tão cheia de vida. É tão autêntica que eu juro ainda estar sentada de pernas cruzadas, curvada pra frente quase engolindo minhas mãos ansiosa pelos próximos capítulos.

Por Amanda badrie

Profissional de marketing e comunicação, movida por transformar ideias em movimento e conexões reais. Criadora do C+, Na Dosagem Mais Coragem, para ser um espaço para quem acredita que viver é um ato de coragem.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais Cartas