Prato Cheio

“Sometimes we have to step out of our comfort zone. We have to break the rules. And we have to discover the sensuality of fear. We need to face it, challenge it, dance with it.”
No meio do nada, me deparei com isso! O passo fora da zona de conforto. O pensar fora da caixinha. Ainda sendo clichê, fugindo deles. 
Consegue enxergar do outro lado do muro? Mora o medo! Eu sempre tive medo até de medo ter. A gente é meio idiota com certas coisas, né? AHHAHAHAHA. Medo é fundamental. Tem que existir. É o paradoxo! O frio na barriga. A dúvida. O risco. Os lados positivos e negativos. O momento pré decisão. Os receios. As vontades. Os conselhos. O silêncio. A escolha. A esperança. A superação da dúvida. O gostinho de ter enfrentado o que antes assustava. “Eu consigo!”. E se medo não tivesse? Queda livre. Sem freio. Sem o frio. Sem tempero. Sem graça. Medo é aquele prato que tu faz cara feia pra provar. Enrola. Faz cena. Mas quando leva até a boca, fecha os olhos pra sentir o arrependimento de ter perdido tanto tempo sem ter experimentado. E vicia. Se arriscar. Provar. Redescobrir. Você nos arredores. 
Falando em fechar os olhos, repare quando você fecha os teus! A gente faz isso sempre quando queremos intensificar o sentir. “O que os olhos não veem, o coração não sente”. Até parece! É vacilo, Bino! AHHAHAHAHA. 

“Why do we close our eyes when we pray, cry, sing, kiss, dream? Because the most beautiful things in life are not seen, but felt only by heart”. 

Mas hoje eu vi! De olhos fechados, o que é se sentir amada! E amar de volta! Ai tu abre os olhos e vê o preto e branco ganhando cores. O medo fica desbotado. 
Uma coisa aqui dentro pulsa mais forte! E grita! Com vontade de ir longe pra provar todos os pratos que antes fazia cara feia ou que mesmo que quisesse entrar ali, teria medo de ser barrada! Sem tentar. Cara, que frio! Esse vento joga a gente pra trás. Abre as asas e pega impulso. Um passo pra trás e voa! A inquietude abraça. Sabe quando você não consegue ficar parado? A ponto de inventar o que fazer. Não se contentar com o conforto! Quero mais pratos novos! Fome de mundo! Sede de histórias. Caneta tá na mão! A mala tá feita. Estou por aí… Experimentando, criando e matando saudades… Minha saudade tem nomes! Bendito seja o Skype e o WhatsApp. Ai se SP fosse do lado de Melbourne…
Foi dia também de matar a saudade dos primos aussie! Noite de filme (me fizeram assistir outro de terror e TINHA BONECA NA MERDA DO FILME, tão de sacanagem comigo! Hahahahahaha), sorvete, chocolate, chips, pipoca, risadas, abraços, conselhos, planos… Depois de assistir o filminho e o Eurovision, foi hora de fechar os olhos de novo, dessa vez pra sonhar e não lembrar das combinações de tudo que passou pelo pensamento. 

Só mais um comentário aleatório, é engraçado como os olhares não se cruzam por aqui! Não que não aconteça… Mas, as pessoas não se olham como no Brasil! Lá você anda pela rua e todos estão com os olhares atentos, cuidados e observadores. Não deixamos um detalhe passar batido! Às vezes é um olhar até intrometido. Calculado. Por vezes delicado. Provoca. Curioso. Aqui é diferente. O olhar é outro. É rápido. Descuidado por vezes. Imperceptível. E me dei conta disso depois do meu primo polonês me dizer que quando for pro Brasil vai estranhar os olhares. E é verdade, a gente é assim! Na bagunça, captura os pontos. Detalhados. 

Consegue reparar? Olhe de novo! Chega mais perto! Viu? Aqui, olha! Com medo mesmo! Traz um prato cheio! Experimente. E feche os olhos!

 

Por Amanda badrie

Profissional de marketing e comunicação, movida por transformar ideias em movimento e conexões reais. Criadora do C+, Na Dosagem Mais Coragem, para ser um espaço para quem acredita que viver é um ato de coragem.

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