Quebrar Barreiras

Estava mexendo no meu celular hoje e achei umas fotos de quando eu estava no aeroporto pra vir para cá… Eu já tinha certos objetivos. Queria falar com o mundo inteiro, para isso precisaria atravessar a ponte, pegar um avião e ter umas aulas de inglês, ficar longe, fuso horário bastante diferente, assim como o choque de cultura e novas adaptações. Mas eu já sabia e não posso dizer que estava preparada, mas estava disposta e determinada apesar dos receios e medos, a vontade superava. 
Queria quebrar a barreira. Perder a estribeira. Ir longe. E fui no pé da letra, de carona com a intuição de que era a hora certa. Sabe aquela sensação de “VAI, SE MEXE!” que vem de dentro de você? Era meu chamado pra viver o que eu sempre quis. E confesso, essa experiência vicia. Falo isso com toda certeza! Cheguei aqui com objetivos, hoje já criei outros. Tinha pontos de vistas tão restritos. Medos tão bobos. Estar do outro lado do mundo acordado enquanto a maioria das pessoas que você passou grande parte da sua vida dorme te faz pensar. Não dá pra comparar. Mas dá pra sentir o gostinho de estar numa esfera que gira e antes a gente não percebia. Eu digo “bom dia” e “boa noite” quatro vezes por dia. Eu tô lá também. Todo lugar por onde a gente passa ganha um pouco da gente. Sou de Melbourne agora. E de todas as oportunidades que andam me aparecendo. E me dando um empurrãozinho para ir cada vez mais longe no sentido da palavra. Das poucas certezas da vida (já dá pra fazer uma listinha Hahahah), é que não quero parar pela Austrália! Conheci tanta gente legal de outros países que já estou fazendo um roteiro dos próximos voos (sim, listinha! Hahaha). E mais, já tenho até onde me hospedar. Hahahahaha 
Dai tu coloca Hummingbird do John Mayer pra tocar e só dá aquela vontade de pegar as malas, o passaporte e sair por aí hahahaha. 
Quebrar as barreiras dentro de mim também. Tirar as amarras, as noias e paranóicas, as desculpas, os “não consigo”. Aqui é você e você. As opções estão na nossa cara. É escolher. E se desafiar o tempo todo. Nunca é tarde pra aprender. To aprendendo até a ser dona de casa. Hahahahaha. A ser waitress e trabalhar com coisas que no Brasil eu nunca tinha pensado, a conversar em inglês com gente de sotaque difícil, a ser responsável por abraçar e não desperdiçar as boas novas que surgem. 
O quebrar as barreiras também está nessa de deixar um pouco de você em tudo e em todos. Como eu disse, fiz grandes amigos aqui. Tem Colômbia, Índia, Omã, Arábia Saudita, França, Alemanha, Itália, México, e a lista só cresce! 
Eu que gosto de falar, quero o mundo pra conversar. 
Mexendo no meu celular achei num bloquinho de notas (coisa que uso mais que Whats, acredite!) esse quebra de barreiras, digitado rápido e entre aspas, fala do meu primo que tanto admiro e teve grande importância nessa minha escolha de dizer “bom dia” enquando em minha casa dizem “boa noite”. Fui parar nas gravações daqui também e achei uma que eu fiz em caminho de casa enquanto chovia (foi até difícil entender o que eu dizia), eu voltava do trabalho e aspirava em um dia escrever um livro e quem sabe ser escritora. Hahahaha. Eu já voava alto e nem sabia. E naquele momento de inspiração e cansaço, acabei gravando um áudio com a ideia pra depois transformar em texto. ~não julgue, nunca desperdiça uma ideia ~ Eu achei aquilo engraçado. Assim como quando eu leio textos antigos meus. É estranho até devo dizer, a gente escreve e depois de muito tempo quando para pra ler, “eu que escrevi isso?”, é um contato que tenho com meu eu antigo e é mágico ver que a gente muda. “Eu pensava mesmo assim?”, ou então “eu já pensava assim!”. 
Eu ainda quero quebrar muitas barreiras, voar alto e fazer várias paradas pelo mundo todo. Ainda quero escrever um livro e provar o que eu sinto de jeito singelo. Ainda quero pular de paraquedas para sentir na pele o valor da vida e se sentir viva. Quero tanto. Quebrar barreiras. E fronteiras…
Quanto ao áudio, segue o roteiro… Hahahaha
Todo escritor tem em si uma mãe, um pai, e traz consigo um papel e uma caneta. E por mais que tiver que ser, que ele seja. O escritor aparenta inquieto quando sua mente está borbulhando. Meu bem, se ele tá falante, é porque a cabeça tá mais ainda. Todo escritor é observador. Tem um coração sonhador e a cabeça nas nuvens. Todo escritor tem em si um artista, um arquiteto saudosista, e até mesmo um pianista, quem sabe vira ator. Cada escritor é um pouco psicólogo, destista, mestre cuca, ele só precisa de um papel e caneta e já faz história. Vira lenda. E dá continuidade aos finais. Tira as vírgulas e tece mais. Todo escritor é um entusiasta a acordar. Um compositor que vive tentando viver do que faz. Fazer do seu coração, a sua profissão. 

Por Amanda badrie

Profissional de marketing e comunicação, movida por transformar ideias em movimento e conexões reais. Criadora do C+, Na Dosagem Mais Coragem, para ser um espaço para quem acredita que viver é um ato de coragem.

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