Trilha sonora: Flashed Junk Mind – Milky Chance.
How long have u been here? Cheguei hoje cedo! Vim do mundo onde tudo é possível e tem voz, faz bagunça, grita e pula, é criança, não falo da Terra do Nunca, mas é como se fosse! I’m from your imagination! Open your eyes and see! Não perca tempo. Enxergou uma luz à frente? Segure! Acenda as outras velas! Seja o que tiver que ser e o que tiver que ser, será você! Vim pra confundir e simplificar. Porque antes de organizar cada detalhe da gaveta, você precisa tirar tudo pra fora. Esqueça aquele medo de achar o que não devia! Se está guardado, por algum motivo um dia ali foi colocado. Se o motivo já não existe mais, só continua no mesmo lugar pra ocupar espaço e fechar as portas pro que tem por vir. Que trânsito! Abram alas! Acendam as luzes! Arrume a casa! Estou pra receber visitas! Gosto de ser boa anfitriã.
Quatro meses! Quem diria!? Eu não vi o tempo passar! Já não sou mais turista. Eu estou sentindo os segundos! Na contradição do passar rápido e devagar. A cidade pede, fique mais! A saudade grita e pede pra voltar. E eu continuo a andar. Linha reta. Entre o sobe, desce, pega atalho, pula e escala. Desliza. Sendo só um corpo que vai, vai sem medo de saber onde vai chegar… Uma mistura de Jota Quest com John Mayer, pra onde tenha sol, é pra lá que eu vou, keep me where the lights is. Tá escutando? Flashlights when we’re falling into the night. Focused on what you feel. Tá vendo? No fim do túnel, no céu estrelado, no dia ensolarado e no frio.
Depois da aula, fui com alguns amigos num lugar que serve comida de graça! Um lugar simples. Pessoas educadas. Comida boa. Cappuccino, hot chocolate, latte or long black? Comi macarons depois, muito bons também! Acompanhada do Welcome, Arábia Saudita, Tailândia, Brasil e Coreia. Junta tudo e chegue junto.
Na volta me acompanharam até a loja Auski, onde aluguei tudo pro meu fim de semana que promete tombos e boas recordações. Aguarde os próximos episódios. Hahahaha. No caminho até a Flindres Station onde eu pegaria o trem pra Windsor e seguiria meu trabalho, me deparei com a comunicação visual de um banco que me fez parar! Dizia “Your Way. Your World”, aquilo deixou meu dia ainda mais claro por mais que o dia já estivesse pra escurecer. Aqueles vários globos me encantaram. Meu caminho é esse. Sem rumo. Eu amo mapas. Acho que por isso mesmo sou tão perdida. Ele me deixa tão apaixonada que não consigo concentrar. Me distraia. Seus traços. Suas cores. Suas fronteiras e limites tão imaginários e contrários que me dão vontade de me perder por ele e guardá-lo com carinho para ele continuar sendo assim, tão grande e pequeno, tão forte e frágil, tão perto e longe. Tão contrário é semelhante. Tão eu. Indeciso. Entre ambos hemisférios. Entre o dia e a noite, quero todos. Tendo luz, faço a trilha. E sigo!
Fui trabalhar, voltei cansada, mas ainda encantada com as luzes dessa noite escura e fria. Voltei pra casa, tomei aquele banho quente que relaxa! Conversei com os flatmates. Depois fui deitar. Quatro meses fora de casa, encontrando minha casa, meu caminho. Your way. Your world. Apaguei as luzes, mas a janela tá aberta. E a lua tá aqui comigo. E as estrelas, minha visita favorita de cada dia. Já noite. Agradeço. Fecho os olhos. E as luzes se propagam até que viram sonhos.












