Trilha sonora: Gettin’ Old – 6LACK
Entrei no elevador. Minha vizinha me cumprimenta meio sem jeito e começa aquela típica conversa: “tempo passou rápido, né? Nem dá pra acreditar que já é final do ano…” Eu ri e concordei com a cabeça: “é inacreditável!”.
Eu fiquei com aquilo martelando meus pensamentos.
Voltei para um ano atrás.
A gente não faz ideia mesmo do poder do tempo. É um túnel que ainda no meio do escuro muda todo o caminho.
Há um ano atrás eu já estava entrando de férias. Não bem férias, terminei a faculdade. Passei no TCC, saia do meu estágio e logo consegui me efetivar na mesma empresa. Terminei um relacionamento. Tive de fazer escolhas difíceis. Não foi um momento fácil. Não. Fácil não foi. Mas sabe qual a graça de tudo? Eu sempre amei esse clima de final de ano. Não falo só das decorações de natal e festas… Falo do calor. Não só da temperatura. Queima no peito e vibra. Brilha! As pessoas. A gente fica mais caloroso. Uma chama de esperança e renovação de votos. É fé na vida e no que está por vir. Ano passado foi absurdamente complexo. Acho que essa é a palavra. Eu aprendi muito. E o finalzinho dele foi bem confuso. E por um momento, eu achei que 2018 fosse ser um pouco mais do mesmo! Não que isso fosse ser ruim. Mas esqueci o quanto eu amo as mudanças. E toda a jornada. Foda-se, assusta mesmo! E daí? Na real, eu sou grata PRA CARALHO por elas e todas as aberturas que me proporcionaram.
Comecei 2018 cabisbaixa. Sem grandes expectativas.
E eu errei feio em minhas previsões. Não sou mãe Dinah, glória a Deux!
Entre viagens surreais, festas absurdamente mágicas, pessoas irresistíveis que conheci, algumas que levarei comigo, até as que tiverem breve participação mas deixaram um tanto comigo! Os encontros e reencontros. A música correu em mim. E eu dancei de olhos fechados. Senti cada nota que ecoava. E gritei. Abracei. Chorei. Agradeci. Aprendi. Ensinei. Comemorei. Tanto. Esse ano foi no mínimo intenso.
Cheio de surpresas. Quebra de paradigmas. Loucuras insanas. Altas gargalhadas. E não faltou boas companhias. Eu deito minha cabeça no travesseiro hoje e dou risada. A gente nunca entende na hora, mas as coisas sempre acontecem com um propósito. Eu acredito. A gente aprende a valorizar o simples e o que combina mais com nossa essência, deixamos de aceitar pouco, lembramos de quem realmente somos, as verdadeiras pessoas e singelos detalhes que fazem -PAUSA PRO CLICHÊ-, toda a diferença. Tudo muda. Óbvio. E obrigada! Você não assiste um filme até o final se ele fica na mesmice e nunca chega ao ápice. Acho que este é meu clímax! A cada personagem, vocês são absurdamente fodas! Aos cenários, agradeço às oportunidades. E que seja reflexo. De dentro pra fora. Que a gente seja reciprocidade e saiba emanar o que temos de mais belo em nós. E isso se perpetue. Na eternidade dos instantes. Meu pai sempre me diz com pose de bon vivant “viva la vida”. Esse ano eu dei orgulho pro meu velho! Que a gente lembre a cada dia, que cada momento é único e que viver é lindo! Te juro que é! Minha única certeza garantida entre todos os pleonasmos da vida. Aquela vontade surreal de gritar a alegria pra que como epidemia se desencadeie aos cantos. Toda arte, poesia, os palcos de nossas trilhas, e a gente canta sobre amor. Porque somos da cabeça aos pés. Gratidão. De zero expectativas, meu melhor ano. De 2018 levo lições, saudades, lembranças queridas e pessoas de energia irresistível! Sou puro amor e gratidão! E sobre 2019?
Nunca duvide do que te espera! Aguarde! O tempo já corre! A hora chega! E a gente recepciona! E se deixa surpreender. Nesse meio tempo, surpreenda! E se deixe encantar e aproveite o que o tempo pode te proporcionar.
Para 2019. Vou sem expectativas. Vou. Voando. Como o tempo. Vivendo la vida.
Pra você, Badá.
