Trilha sonora: Klanga – Gostan.
Eu sei. Você já sabe. Já falei. Repeti. Insisto em dizer. Enfatizo. Você decora. E a cada vez que falo, sinto que se torna mais verdadeiro. Intensifica. Vem e fica. Acompanha. Arrepia. Passa por mim e me faz inteira. Energia. Recarrega. Simplifica. E sigo falando. Fecho os olhos e saio cantando. É questão de olhar. Já sei que sabe. Já pedi pra olhar. Já respondeu que enxerga. Já apontei os detalhes. E ficamos parados observando. Esteve sempre ali? Como passei uma vez sem perceber? Ai, a pressa. Deu preguiça dela.
Acordei com o sol batendo na porta. Uma conversa gostosa que te faz querer ver o mundo lá fora. Almocei com meu primo, me vesti. Tá na hora de ver o dia. Quero ver mar, gente, areia nos pés e pôr do sol. A caminho encontro uma amiga. A conversa que lhe conforta e faz cafuné. Me despedi e segui meu caminho. Eu e eu mesma. É tão engraçado esses encontros não planejados. Amo essas espontaneidades que nos faz pensar no acaso ou se era pra já? Segui pensativa. Amo gente que me provoca e intriga. O sol vinha em minha direção. E me permiti aproximar. Ai St Kilda, tu me apaixona. Andei na beira do mar. A liberdade tocava meus pés. O sol me beijava. Era um caso de amor lindo. Só nós. Andei por ali. Começou a lotar de gente. Os olhos todos voltados para as pedras do píer. Os pinguins começaram o show. Todas as câmeras voltadas pra eles. Que vista. O céu colorido. Me enchia de cor. Logo o Welcome chegou pra recepcionar o dia comigo. Fomos jantar no Schnitz em homenagem a nossa amiga. Comemos uma parmegiana que fez o dia ainda mais saudoso. Prato predileto do meu favorito. E como o meu amigo disse, estamos em dieta. Que venha um bolo de sobremesa. Hahahaha. Os planos. As ideias. Rimos pra esperança. Pode ser que tenha muito sol por vir. “One little dumb dumb in the street” hahahaha. E ele me contando as histórias de quando ele e o amigo pensavam muito em algo e então acontecia. Eu ri. Mas aquilo ficou em mim. Pensei. E repito. Insisto. Vai que ele está certo. Vai que esse é o segredo. Antes de dormir, aquela mensagem que me fez sorrir. A notícia que traz amor e esperança. Já pensou? Pensei e criei todo um cenário! Hahahaha. Tá tudo pronto. Talvez ele realmente esteja certo! Se não está, ao menos ao caminho segue!
Essa felicidade transborda. Ainda mais quando compartilhada. Cabe em um sorriso ou dois. Quando vai ver, a gente se viu. Multiplica. Ah queria tanto que visse daqui de onde vejo. É tão bonito. E me faz sentir tão grande e capaz de tudo. Ecoa na minha cabeça a fala do meu pai “Eu quero. Eu posso. Eu consigo”. Ele repetia. Eu decorei. Hoje carrego comigo. Minhas extensões. Estica. Vira elástica. Abraça o mundo. É como toda ação que gera um reação, ele te agarra. Te joga pra cima. Tu dá um mortal carpado. E cai de pé e mergulha. Amplia o ponto de vista, vira vírgula, travessão e reticências.
Dizem que quando a gente se apaixona, tudo são flores e floresce o dia até de noite brilha. Ilumina. Tudo são cores. Tô assim pela vida. Sem palavras. Me descobrindo. Voltando a ser criança. Por vezes, o medo vem visitar. E em seguida a coragem entra pra jogo e brincam de polícia e ladrão. Eu só observo, rindo. Vou brincando de me experimentar e vestir a mim mesma. Os pontos fracos vou aprendendo a contornar. E vou fazendo um mochilão por esse mundo que tenho em mim. Quanto mais descubro, maior a vontade de se perder por aí e mais casas vão me dando abrigo como cidadã do mundo. Tenho fome disso que nos faz sentir vivos. E vai além. Troca a lente, o ângulo, o filtro, o roteiro e o diretor. Se redescobre e reinventa, atualiza! Essa coisa louca de por o pé na estrada, conhecer o mundo e gente toda dele e acabar se vivenciando em cada forma que lhe faz viva! Celebra. Saúda. Saudade do agora. Aqui e já. Faz sentir. Te faz ir. Por onde quer que vá.


























































